Oi.

Meu nome é Mariana K. Mas isso você já deve saber, se chegou aqui. Sou vegana e já fui (às vezes ainda sou) ativista. É cansativo. Mas satisfatório. Pratico yoga e canto quando dá. Trabalho com design e comunicação estratégica verde de guerrilha. Às vezes, ainda acredito nos seres humanos. Às vezes, prefiro acreditar em gnomos e seres da floresta. Tento estudar astronomia, gaélico escocês e sobre as plantas. Compro mais livros do que leio. Germino mais sementes do que colho. Tem dias que me interesso por tudo. Tem dias que nada faz sentido. Torço pro Celtic FC e, embora nunca tenha ido, um dia voltarei para a Escócia.

E você?

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Atualizando: hoje, 14 de setembro de 2024, com 43 anos, em meio à muita fumaça vinda dos incêndios criminosos da pecuária (e noites seguidas sem dormir, com medo de acordar no meio do fogo, já que escolhi morar no meio do mato), entendi a minha missão na Terra. Não perpetuei minha espécie, escolhi cuidar e diminuir o sofrimento de outras, mas servi de elo entre a transição de uma espécie que produzia sua energia de forma primitiva e gananciosa, controlada pelo capitalismo, para uma que vai precisar consumir para produzir a sua energia (e renovar suas células) de forma racional e compassiva. Em outras palavras, se os seres humanos não pararem de machucar o planeta, os animais, as florestas por compaixão, eles serão obrigados a parar como forma de autopreservação. Ou serão extintos. E essa mudança vai vir de cima pra baixo. Vai ser econômica e não da consciência coletiva. Eu não vou estar mais aqui pra ver os animais livres de sofrimento, a Terra se regenerando. Mas vou ter ido embora com orgulho de ter mudado pelo amor e não pela dor, desde 2004, embora sempre tenha doído muito. E algo me diz que foi algo parecido que aconteceu em Marte, coincidindo com uma diminuição do tamanho do sol, que deveria estar no declínio da sua vida já…